Existe um movimento que nasceu em Inglaterra chamado Cidades em Transição (Transition Towns).
Este conceito estendeu-se pelo mundo inteiro atingindo actualmente mais de 110 cidades, entre elas, Paredes em Portugal.
O movimento “Paredes em Transição” consiste numa rede de amigos que partilham a preocupação de que a debilitante dependência em combustíveis baratos de que a nossa sociedade e economia padecem – e que não está a receber a devida atenção dos vários governos, que parecem actuar na premissa de que o petróleo barato e abundante continuará por cá em perpetuidade – possa vir a resultar em graves e imprevisíveis problemas de que a tecnologia não conseguirá livrar-nos, e que poderão afectar muito negativamente o nosso futuro e o dos nossos filhos.
É preferível que, em comunidade, e por iniciativa própria se inicie um processo de transição para um futuro menos dependente de combustíveis fósseis, do que ficar à espera que as circunstâncias nos forcem a alterar o nosso modo de vida nesse sentido.
Uma das frentes do movimento baseia-se na reeducação da população e estudantes na aquisição de aptidões como costura, gastronomia, agricultura familiar, pequenos concertos e artes manuais como a marcenaria. Além disso, ocorrem iniciativas práticas, nomeadamente, a criação de jardins comunitários para plantio de comida, troca de resíduos entre indústrias ou simplesmente o reparo de itens velhos, ao invés de os colocar no lixo.
O investimento em transporte público e a troca do carro pela bicicleta é inevitável para a redução das emissões de carbono. Em Totnes até uma nova moeda – a libra de Totnes – foi criada para incentivar e facilitar transacções com produtores locais.
Sendo assim, é vital que aconteça uma relocalização da economia, consumindo, dentro da medida do possível, bens e energia produzidos localmente, apoiando os agricultores locais ao adquirir os seus produtos, frequentando o comércio tradicional, tentando reaprender certas técnicas de produção em vias de desaparecer e cultivando a entreajuda entre os elementos da comunidade.
Ou seja, técnicas e conhecimentos dos nossos avós e ancestrais são valorizados e resgatados.
A transição para um futuro menos dependente de energias fósseis não terá que ser traumática. Pelo contrário, pode ser bastante divertida.
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http://paredes-em-transicao.blogspot.com/
http://transitionculture.org/